Novas regras para pastas dentais para crianças . Fique de olho!!!
Os rótulos das pastas dentais destinadas a crianças têm novas regras que visam evitar a absorção excessiva de flúor (fluorose), divulgou o Diário Digital, citando a Lusa, mas um especialista defende que os critérios ainda não são claros. As alterações, introduzidas na sequência da transposição de uma directiva europeia e incluídas numa circular de Outubro da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), impõem que «a partir de 19 de Março só podem estar disponíveis ao consumidor pastas dentífricias contendo 0,1 a 0,15 por cento de flúor».Ficou também determinada a inclusão da seguinte advertência: «Crianças com idade igual ou inferior a 6 anos: utilizar uma quantidade do tamanho de uma ervilha, com supervisão durante a escovagem para minimizar a deglutição. Se estiver a tomar flúor proveniente de outras fontes, consulte o seu médico dentista ou médico assistente».Esta advertência só não deverá constar dos rótulos de pastas dentífricias com a indicação “Unicamente para adultos”.No entanto, um dos elementos do grupo de trabalho que definiu o plano de Saúde Oral para crianças e jovens da Direcção-Geral da Saúde (DGS), em 2004, considera que existe uma «desarticulação» entre o agora definido e as recomendações finais da DGS. As concentrações de flúor mantêm-se (1.000 a 1.500 ppm - partes por milhão), mas a designação das quantidades alterara-se e «instala-se a confusão nas coisas práticas», afirmou Paulo Melo à Lusa.«Uma pessoa que pegue em duas pastas observa as mesmas concentrações, mas uma diz que é só para adultos e a outra pode ser utilizada por crianças», explicou Paulo Melo, também membro da direcção da Ordem dos Médicos Dentistas.«Há uma contradição nos termos da circular do Infarmed. Não podemos ter duas opções para a mesma solução e tem de haver uniformidade de critérios na regulamentação», resumiu.As recomendações sobre concentrações de flúor para crianças e adultos não diferem, por falta de base científica que demonstre que menores valores tenham a mesma eficácia.Assim, crianças até aos seis anos, ainda sem a dentição definitiva, devem usar menor quantidade de pasta para evitar as manchas permanentes no esmalte devido ao excesso de flúor. Outros efeitos mais graves só surgem «se a criança comer a pasta toda», precisou o especialista. Acima dessa idade, só com quantidades muito elevadas de flúor há efeitos de toxicidade, por exemplo, a nível renal ou hepático, acrescentou. Nas recomendações da DGS ficou determinado o uso de uma quantidade de pasta no «tamanho da unha do dedo mindinho da criança«, em vez da atual “ervilha”, pelo que o especialista também defende uma uniformização dos termos pelo Infarmed.
Fonte: Pais&Filhos
Fonte: Pais&Filhos
Postado pelo blog A cegonha cor-de-rosa em 24/03/09.