sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Brincar e Aprender: dois lados da mesma moeda? Quais conteúdos para uma escola de educação infantil de qualidade? Por Gisela Wajskop
¹ No último dia 15 de setembro, em evento internacional inédito, Instituto Singularidades e Escola da Vila apresentaram — para um público seleto de coordenadores, professores e especialistas de escolas privadas e públicas de diferentes partes da cidade e do país –, questões que há muito preocupam os educadores da área da educação de crianças pequenas. Com a presença de duas investigadoras e docentes da Universidade de Buenos Aires, Ana Malajovich e María Emilia Quaranta, fiz a mediação deste que é, há muito, um assunto que me interessa e me instiga tanto na área da pesquisa quanto da formação docente. Sabemos que o Brasil, por diversas contingências, não possui sistema nacional de ensino e este fato acarreta uma diversidade de concepções e práticas docentes que oscilam desde o menos responsável “laissez-faire” ² quanto a oferta de atividades repetitivas e memorizantes apoiadas em tradição escolar do ensino fundamental. Entre uma e outra, navegam diversas práticas que priorizam ora o mítico lúdico infantil, ora uma rotina rígida e eficaz no treino das crianças para longas esperas e obediência certa. As duas palestrantes, com visões complementares, expressaram suas ideias a respeito das questões curriculares na educação infantil, apresentando suas concepções sobre as relações entre aprendizagem formal e aprendizagem espontânea e/ou pela utilização do jogo e da brincadeira. Ana Malajovich mostrou-nos o paradoxo existente na relação entre aprendizagem e brincadeira, trazendo-nos questões em torno de uma concepção de currículo infantil baseado na inserção cultural das crianças. Por meio de propostas sistematizadas e organizadas, em torno de conteúdos e didáticas das áreas do conhecimento, afirmou ser possível tornar acessível às crianças os elementos da cultura, a fim de lhes permitir sua participação na vida social. Seu recorte cultural supõe uma reflexão a respeito desses conteúdos associados a quatro aspectos: 1.Necessidade de seleção dos conteúdos que possa propiciar um processo de construção da identidade nas crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação, que lhes permita apropriar-se dos conteúdos da cultura. 2.A renovação nos conteúdos obriga, necessariamente, a uma renovação na forma pela qual se ensina e como se concebe a aprendizagem infantil. Esse processo, que tem como protagonistas as crianças, só é possível quando a instituição e o docente apresentam os conteúdos associados a práticas sociais reais e de forma não simplificada. 3.O ensino dos conteúdos supõe decisões em relação a “o que ensinar”, a partir do real conhecimento do grupo de crianças. 4.Os conteúdos constituem um instrumento para a compreensão da realidade e não fim em si mesmo e, para isso, é fundamental que compreendamos que a realidade de que se trata é a ampliação do mundo infantil. Maria Emilia, com uma apresentação mais objetiva e baseada em exemplos, demonstrou formas de trabalho com contagem numérica que supõem a contextualização do ensino da matemática. Para ela, nesse caso, a aprendizagem se utiliza de práticas de jogos, de maneira a sugerir problemas cognitivos para as crianças. Nessas práticas, salientou que as crianças podem desenvolver a curiosidade, a confiança em si mesmas, o desejo de conhecer, o respeito à diversidade e a autonomia na busca das soluções. A riqueza das apresentações suscitou diversas perguntas dos participantes, interessados em aprofundar aspectos tanto da organização curricular quanto do uso da brincadeira como estratégia didática. O debate mais acalorado, porém, esteve focado no papel da brincadeira nas práticas e nos currículos infantis. Da plateia, houve quem defendesse total abandono da sistematização relativa às áreas de conhecimento, sugerindo que o espaço da educação infantil é prioritariamente local de experimentação e desenvolvimento da imaginação das crianças rumo à construção de uma cultura da infância. Ana Malajovich avançou um pouco a reflexão, afirmando ser a brincadeira necessária para que as crianças experimentem os conteúdos, apropriando-se deles por meio de um faz de conta livre da intervenção adulta. Rosa Iavelberg, em contribuição consistente, propôs uma discussão sobre a possível existência de uma área de ensino específica do brincar. Em minha opinião, ainda há muito a investigar, concordando, porém, que devamos incorporar a brincadeira como conteúdo de ensino, com estratégias e materiais próprios que, a exemplo da dança, da música e do teatro, tem muito a contribuir como linguagem expressiva no universo infantil. Dessa maneira, poderíamos superar a dicotomia entre ciência e arte presente nos currículos para a educação infantil, sugerindo uma didática específica do brincar que inclua a experimentação e a imaginação como uma das expectativas de aprendizagens das crianças brasileiras. . ¹ Diretora-geral Acadêmica do Instituto Superior de Educação de São Paulo – Singularidades. Doutora em Metodologia de Ensino e Educação Comparada pela FEUSP. Foi coordenadora e autora do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. ² A expressão em francês que significa “deixar fazer” é comumente associada às práticas espontaneístas advindas de concepções escola-novistas de educação das crianças pequenas, baseada na crença de que as crianças devem desabrochar espontaneamente se deixadas livres no ambiente em interação com seus pares. Esse post foi publicado em Centro de Formação e marcado Ana Malajovich, Centro de Formação, Escola da Vila, Formação de professores, Gisela Wajskop, Maria Emilia Quaranta por Centro de Formacao. Guardar link permanente.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A amizade na primeira infância

Por Daniela Munerato e Dayse Gonçalves A amizade é um tesouro que descobrimos ao longo da vida. Em cada fase do desenvolvimento humano ela acontece de formas e intensidades diferentes. Portanto, entender um pouquinho como ela se dá pode ser bem interessante para compreendermos que o olhar dos adultos para esta questão pode ser bem diferente comparado ao das crianças. Neste sentido, partiremos da seguinte afirmação: a amizade é um processo que envolve o descentrar de si, pois as crianças bem pequenas experimentam as relações de convívio para satisfazer os próprios desejos ou possam ser mediadas pelos adultos de referência. Isto posto, podemos dizer que tudo começa com a interação, favorecedora da formação dos vínculos, da observação das compatibilidades, do descobrir-se pelos olhos dos outros e do desejo da companhia de alguém. Pela preciosidade e singularidade deste tema não é a toa que existem tantos livros e letras de músicas que nos fazem pensar sobre esta relação, porque para cada um ela terá significados diferentes. Algo para sempre? Não necessariamente, mas há memórias importantes reveladas nas histórias para contar: engraçadas, de muita cumplicidade ou aprendizado diante das diferenças. Para as crianças próximas aos três anos de idade a amizade é concebida pela proximidade física. Olhando o mundo que os cercam com o egocentrismo que lhes cabe, os pequenos, em um primeiro momento, só desejam ter uma companhia para interagir, brincar. Nesta etapa de suas vidas a amizade é súbita, quase momentânea, sem nenhuma intenção de permanência. Portanto, todo aquele que aceita compartilhar uma brincadeira será visto como amigo e, nesta fase, não importará a idade ou sexo do companheiro. E assim, os vínculos vão estabelecendo -se a partir das interações ocasionais, quando as crianças passam a ter compatibilidades que favorecem novos encontros. Por volta dos quatro anos de idade, as crianças estarão muito atentas às diferenças de uma forma geral, principalmente entre os companheiros de seu entorno e convívio. Assim, as características físicas ficarão evidentes, bem como as preferências e consequentemente o que pertence aos gêneros. É fato que uma curiosidade imensa toma conta destes pequenos que desejam justamente descobrir e compreender tantas diferenças observadas. O critério agora será conviver bem e conhecer melhor o outro por uma curiosidade despertada. Portanto, eles brincam muito juntos e nesta etapa do desenvolvimento as parcerias podem ser mais fixas. Aos cinco ou seis anos de idade teremos outra mudança nestas relações, pois esta é a fase da identificação para a formação da identidade. Muito atentos aos adultos de referência do mesmo sexo como figuras importantes de identificação, observamos que as crianças tenderão a agruparem-se por gênero, na maioria das vezes, revelando o que é de cada um, desde as cores até brincadeiras e personagens. Normal? Sim, mas nós adultos podemos intervir para favorecer a integração entre todo o grupo sempre. Por esta razão, vale considerarmos convidar meninos e meninas diversos para brincarem nas nossas casas, da mesma forma que os professores formarão parcerias de trabalho dentro da escola, considerando este entre outros fatores mais ligados ao pedagógico. E apesar da fragilidade das amizades na primeira infância, sabemos que valores importantes desta relação já serão cultivados desde as primeiras experiências, como o respeito, a confiança, o poder contar sempre… e que tais valores serão cada vez mais compreendidos e valorizados durante este processo de construção e de vivência do conceito chamado Amizade. Publicado em Educação Infantil | Marcado com Educação Infantil, Escola da Vila | 1

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Mês das crianças, tudo de bom...

Vejam só que legal essa seleção de brinquedos que a Constancezahn fez, demais!!!Feliz Mês das crianças!!!
http://babies.constancezahn.com/brinquedos-educativos-por-idade

domingo, 14 de outubro de 2012

15 de outubro e sua origem.

DIA DO PROFESSOR! ORIGEM – No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima – caso tivesse sido cumprida. Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor. Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano. O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil. A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: “Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias”. Nos dias atuais, a situação do mestre tem sido bem complicada, ao longo dos anos o mesmo vem sofrendo sérios problemas na composição dos seus salários e volta e meia são grandes as lutas em favor de melhores condições de trabalho, carga horária justa e ensino qualificado. Pode parecer um paradoxo pedir ensino de qualidade como se os mestres tivessem essa incumbência sozinhos, pelo contrário, eles são o instrumento e como disse certa vez o Secretário Municipal da Educação de Caxias do Sul Edson da Rosa, “o professor está sendo invadido no seu direito de ensinar, aquilo que se propôs quando jurou os votos, pois para se ter bons alunos, boas escolas e bons professores, deve haver um engajamento de todos, família, professor, estado e município, pois ele professor, não pode fazer as vezes de pai e gestor, sob pena de se perder no meio do caminho que deve seguir”. Mas é uma profissão tão nobre que a cada ano que passa, mesmo diante de tantos problemas e descasos com a classe, surgem milhares de novos mestres em todo o Brasil. Parabéns a todos os professores.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Educação Infantil em alta!

O Centro de Referência da Infância e Adolescência (CRIA), do Departamento de Psiquiatria da Unifesp/EPM realiza o seu VI Simpósio com a temática “Desafios Diagnósticos e Modelos de Intervenção na Primeira Infância”. O evento é voltado principalmente para educadores de creches e pediatras, com o objetivo de instrumentalizar os profissionais em relação ao diagnóstico e intervenção precoce na primeira infância. Data: 20 de outubro Horário: das 8h às 17h30 Local: Anfiteatro Marcos Lindemberg – Rua Botucatu, 862 (Edifício dos Anfiteatros), Vila Clementino – São Paulo/SP Mais informações e inscrições pelo site: http://www.cepp.org.br/eventos/cria2012 Retirado do blog Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

PROJETO: “TURMA DA MÔNICA “Diversidade cultural na infância”________________________________ Educação Infantil Turnos: manhã/tarde Duração: Fevereiro à Dezembro/2012 JUSTIFICATIVA DO TEMA Este projeto tem como finalidade demonstrar a importância da individualidade da criança e de sua turma, pois cada uma possui um perfil diferente e juntos irão eleger um personagem de “Maurício de Souza” para representá-los, dando sentido e valorizando o espaço que compartilham uns com os outros. As crianças demonstram grande interesse pelos personagens, despertando assim, os aspectos cognitivos e afetivos ampliando a imaginação e o desenvolvimento da fala por meio das histórias e brincadeiras, capaz de contextualizá-lo ao dia a dia da criança. Propoẽ uma discussão não só com os pequeninos, mas também com toda a escola e a comunidade entrelaçando as diversas culturas existentes dentro deste contexto.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Depois de um longo período...

Olá pessoal, depois longo período, entre a licença maternidade (que foram 6 meses mais 25 dias de férias)e o meu retorno ao trabalho, estou tentando colocar o blog mais ou menos atualizado. Bom, primeiro vamos colocar alguns dados em dia ... então, ano passado, fiquei grávida da minha segunda filha e era a último ano em que estaria na vice-direção da UMEI, depois da festa da Família, que foi em setembro (24), já não estava muito bem, sentindo-me bem cansada, afinal, uma rotina de quase 10 horas diárias para uma gestante de oito, quase nove meses, não é mole! O parto estava previsto para início de novembro, e eu estava organizando as coisas para quem fosse ficar nesta função, veio outubro e na semana de atividades diferentes para as crianças e educadoras, logo que quase acabei de organizá-la, tive que me afastar devido a algumas dores,mas achei que logo voltaria, e não foi assim, saí de licença maternidade dia 17 e no dia 18 às 06 da manhã estava indo ter minha princesinha... muito feliz com sua chegada de surpresa! Estou de volta na Coordenação Pedagógica do grupo da tarde com a colega Alê, juntas, Eu, Alê, Cátia (atual vice diretora da UMEI), Elaine e Simone(coordenadoras pedagógicas do turno da manhã) vamos mostrar alguns trabalhos que estão acontecendo desde o início do ano... em doses homeopáticas ok?! Um grande abraço, Jaque!