quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A amizade na primeira infância

Por Daniela Munerato e Dayse Gonçalves A amizade é um tesouro que descobrimos ao longo da vida. Em cada fase do desenvolvimento humano ela acontece de formas e intensidades diferentes. Portanto, entender um pouquinho como ela se dá pode ser bem interessante para compreendermos que o olhar dos adultos para esta questão pode ser bem diferente comparado ao das crianças. Neste sentido, partiremos da seguinte afirmação: a amizade é um processo que envolve o descentrar de si, pois as crianças bem pequenas experimentam as relações de convívio para satisfazer os próprios desejos ou possam ser mediadas pelos adultos de referência. Isto posto, podemos dizer que tudo começa com a interação, favorecedora da formação dos vínculos, da observação das compatibilidades, do descobrir-se pelos olhos dos outros e do desejo da companhia de alguém. Pela preciosidade e singularidade deste tema não é a toa que existem tantos livros e letras de músicas que nos fazem pensar sobre esta relação, porque para cada um ela terá significados diferentes. Algo para sempre? Não necessariamente, mas há memórias importantes reveladas nas histórias para contar: engraçadas, de muita cumplicidade ou aprendizado diante das diferenças. Para as crianças próximas aos três anos de idade a amizade é concebida pela proximidade física. Olhando o mundo que os cercam com o egocentrismo que lhes cabe, os pequenos, em um primeiro momento, só desejam ter uma companhia para interagir, brincar. Nesta etapa de suas vidas a amizade é súbita, quase momentânea, sem nenhuma intenção de permanência. Portanto, todo aquele que aceita compartilhar uma brincadeira será visto como amigo e, nesta fase, não importará a idade ou sexo do companheiro. E assim, os vínculos vão estabelecendo -se a partir das interações ocasionais, quando as crianças passam a ter compatibilidades que favorecem novos encontros. Por volta dos quatro anos de idade, as crianças estarão muito atentas às diferenças de uma forma geral, principalmente entre os companheiros de seu entorno e convívio. Assim, as características físicas ficarão evidentes, bem como as preferências e consequentemente o que pertence aos gêneros. É fato que uma curiosidade imensa toma conta destes pequenos que desejam justamente descobrir e compreender tantas diferenças observadas. O critério agora será conviver bem e conhecer melhor o outro por uma curiosidade despertada. Portanto, eles brincam muito juntos e nesta etapa do desenvolvimento as parcerias podem ser mais fixas. Aos cinco ou seis anos de idade teremos outra mudança nestas relações, pois esta é a fase da identificação para a formação da identidade. Muito atentos aos adultos de referência do mesmo sexo como figuras importantes de identificação, observamos que as crianças tenderão a agruparem-se por gênero, na maioria das vezes, revelando o que é de cada um, desde as cores até brincadeiras e personagens. Normal? Sim, mas nós adultos podemos intervir para favorecer a integração entre todo o grupo sempre. Por esta razão, vale considerarmos convidar meninos e meninas diversos para brincarem nas nossas casas, da mesma forma que os professores formarão parcerias de trabalho dentro da escola, considerando este entre outros fatores mais ligados ao pedagógico. E apesar da fragilidade das amizades na primeira infância, sabemos que valores importantes desta relação já serão cultivados desde as primeiras experiências, como o respeito, a confiança, o poder contar sempre… e que tais valores serão cada vez mais compreendidos e valorizados durante este processo de construção e de vivência do conceito chamado Amizade. Publicado em Educação Infantil | Marcado com Educação Infantil, Escola da Vila | 1

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Mês das crianças, tudo de bom...

Vejam só que legal essa seleção de brinquedos que a Constancezahn fez, demais!!!Feliz Mês das crianças!!!
http://babies.constancezahn.com/brinquedos-educativos-por-idade

domingo, 14 de outubro de 2012

15 de outubro e sua origem.

DIA DO PROFESSOR! ORIGEM – No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima – caso tivesse sido cumprida. Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor. Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano. O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil. A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: “Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias”. Nos dias atuais, a situação do mestre tem sido bem complicada, ao longo dos anos o mesmo vem sofrendo sérios problemas na composição dos seus salários e volta e meia são grandes as lutas em favor de melhores condições de trabalho, carga horária justa e ensino qualificado. Pode parecer um paradoxo pedir ensino de qualidade como se os mestres tivessem essa incumbência sozinhos, pelo contrário, eles são o instrumento e como disse certa vez o Secretário Municipal da Educação de Caxias do Sul Edson da Rosa, “o professor está sendo invadido no seu direito de ensinar, aquilo que se propôs quando jurou os votos, pois para se ter bons alunos, boas escolas e bons professores, deve haver um engajamento de todos, família, professor, estado e município, pois ele professor, não pode fazer as vezes de pai e gestor, sob pena de se perder no meio do caminho que deve seguir”. Mas é uma profissão tão nobre que a cada ano que passa, mesmo diante de tantos problemas e descasos com a classe, surgem milhares de novos mestres em todo o Brasil. Parabéns a todos os professores.