quinta-feira, 24 de junho de 2021

O QUE FAÇO QUANDO UMA CRIANÇA FICA COM MEDO DA HISTÓRIA DO LIVRO?

 

A TABA

Só mesmo uma equipe de curadoria que ama livros e possui ampla experiência na formação de leitores poderia criar uma aldeia de leitores. A Taba!
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Há uma dúvida recorrente que chega aqui na Taba: o que eu faço quando uma criança fica com medo do livro?

O psicólogo e escritor Ilan Brenman, que participou semana passada do nosso Ciclo de Conversas, trouxe muitas reflexões acerca dessa dúvida. Se você não viu, pode assistir lá no Youtube da Taba.

“As histórias sem perigo [aquelas que excluem personagens maus, os vilões] não dialogam em nada com os anseios da criança. As crianças dialogam com as sensações do medo, da coragem. O lobo mau da história fala sobre a gente. [...] A beleza da literatura é a metáfora, o simbólico. As pessoas estão perdendo a capacidade de entender simbólico. É justamente na infância que o contato com esse universo se faz importante”, pontuou o escritor.

"O mal, que se revela dentro e fora de nós, precisa ser nomeado e conhecido. É esse encontro que protege a inocência. Só em contato nossos próprios lobos e bruxas, nossos próprios medos é que podemos reconhecê-los nos outros e em nós mesmos para, então, decidirmos enfrentá-los", afirma Denise Guilherme - idealizadora da Taba, em artigo sobre o tema publicado em nosso blog.

Assim, por meio das histórias conseguimos também ajudar as crianças a se fortalecer e enfrentar seus medos. Damos a elas a possibilidade do enfretamento no mundo imaginário, que é mais seguro.

Ler ou não ler? Eis a questão!

Às vezes, nós adultos - pais e professors - ficamos sem saber como lidar com essas situações. É daí que vem a dúvida sobre o que fazer. O psicólogo Alexandre Coimbra do Amaral falou sobre isso conosco também. 

“A experiência de ler um livro que promova ou desperte uma emoção ou sentimento na criança que eu (enquanto mãe ou pai) não estou preparado para lidar é um aprendizado para mim. Não preciso ter a resposta certa ou saber o que fazer com isso, mas posso sentir com a minha criança. Essa é uma forma também de mostrar para a criança que é normal sentir medo, que vamos passar por essas experiências ao longo da vida e vamos aprender a enfrentar”, reflete.

 Na Taba se acredita que as boas experiências e práticas de leitura contribuem para que possamos nos conhecer melhor – crianças e adultos também –, ampliar o repertório de sentimentos e saber como expressar as emoções. Isso tudo a partir do diálogo, da troca e da escuta do outro e de si, coisas que uma boa conversa podem proporcionar!

E por falar em conversa, depois que crescem as crianças deixam de ler? Será? É sobre isso que se falou com a Bel Santos Mayer e o Bruninho, no sexto encontro do nosso Ciclo de Conversas sobre Leitura e Formação de Leitores, que você vê no YouTube, Facebook e Instagram da Taba.