quarta-feira, 24 de abril de 2013

EIXO 3 - A apropriação de múltiplas linguagens (oral, escrita, musical, corporal, plástica, digital, brincar, matemática) como forma de expressão


EIXO 3 - A apropriação de múltiplas linguagens (oral, escrita, musical, corporal, plástica, digital, brincar, matemática) como forma de expressão.

Capacidades 1. Ampliar o conhecimento de mundo, manipulando diferentes objetos e materiais, explorando suas características,propriedades e possibilidades de manuseio. 2. Apreciar diferentes produções artísticas, reconhecendo a grande diversidade. 3. Interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos nas variadas situações de comunicação oral. 4.Compreender algumas das funções sociais da leitura e da escrita. 5. Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais. 6. Explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressar-se nas diversas situações de interação. 7. Utilizar da contagem oral, de noções de quantidade, de tempo e de espaço, junto com o professor, nos diversos contextos onde essa utilização é necessária; para alunos cegos ou de baixa visão, os materiais devem ser manipulados e essa capacidade desenvolvida com apoio do tato e da audição.

Habilidades 1. - Estabelecer relações com diversas formas de expressão artística.- Utilizar diversos materiais gráficos e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação;- Explorar e manipular materiais, como lápis e pincéis de diferentes texturas e espessuras, brochas, carvão, carimbo, tintas, água, areia, terra, argila etc.- Manipular e identificar diferentes suportes gráficos, como jornal, papel, papelão, parede, chão, caixas, madeiras etc.- Explorar e reconhecer diferentes movimentos gestuais, visando à produção de marcas gráficas.- Ter cuidado o próprio corpo e dos colegas no contato com os suportes e materiais de artes.- Ter cuidado com os materiais e com os trabalhos e objetos produzidos individualmente ou em grupo.- Interessar-se pelas próprias produções e de outras crianças.- Observar e identificar imagens diversas, descrevendo para o colega cego.- Realizar leitura de imagens e apreciar fotos, desenhos, ilustrações etc.- Reconhecer objetos e através do tato pelo formato, textura, temperatura, peso.- Reconhecer pessoas elo tato e pela voz.- Descrever objetos explicitando suas características físicas.- Manipular material que represente as convenções do Braille, identificando o número e a sequência da cela. 2. - Criar imagens a partir de seu próprio repertório e da utilização dos elementos da linguagem das Artes Visuais: ponto, linha, forma, cor, volume, espaço, textura etc.- Explorar as produções artísticas na diversidade em que apresentam, levando em conta a necessidade da descrição e exploração tátil da criança cega. 3. - Expressar-se bem através da fala.- Elaborar perguntas e respostas de acordo com os diversos contextos de que participa.- Transmitir recados.- Pedir informações.- Explorar essas habilidades através da LIBRAS com crianças surdas.- Explorar muito a linguagem oral com a criança cega.- Usar a linguagem para repetir histórias. 4. - Interessar-se pela leitura de histórias, contos, poemas, parlendas trava-línguas.- Escutar e compreender textos de diferentes gêneros lidos pelo professor.- Elaborar perguntas e respostas de acordo com diversos contextos em que participa.- Observar e manusear materiais impressos diversificados.- Valorizar a leitura como fonte de prazer e entretenimento.- Reconhecer letras e palavras do alfabeto comum e do Braille.- Interpretar textos com auxilio de imagens, desenhos e figuras.- Reconhecer o nome próprio e outros nomes.- Escrever o próprio nome em situações em que isso é necessário.- Escrever o próprio nome e outros nomes, ainda que de forma não convencional.- Produzir textos individuais e/ou coletivos ditados oralmente pelo professor para diversos fins, em situações contextualizadas.- Praticar escrita de próprio punho, utilizando o conhecimento de que dispõe, no momento, sobre o sistema de escrita em língua materna.- Reconhecer o próprio nome e o nome dos colegas escritos em Braille.- Respeitar a produção própria e alheia. 5. - Ouvir com atenção.- Brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais.- Explorar, identificar e produzir sons.- Coordenar os sons musicais com movimentos.- Saber utilizar instrumentos da bandinha.- Cantar em grupo e individualmente.- Imitar, inventar e reproduzir canções.- Ouvir diferentes estilos musicais.- Explorar, expressar e produzir o silêncio e os sons com a voz, o corpo, o entorno e materiais sonoros diversos.- Interpretar músicas e canções diversas.- Dançar e/ou fazer improvisação musical.- Desenvolver memória musical por meio da audição de canções. 6. - Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo.- Deslocar-se com destreza progressiva no espaço ao andar, correr, pular etc., desenvolvendo atitude de confiança nas próprias capacidades motoras.- Reconhecer progressivamente os segmentos e elementos do próprio corpo por meio da exploração, das brincadeiras, do uso do espelho e da interação com os outros.- Expressar sensações e ritmos corporais por meio de gestos,posturas e da linguagem oral.- Explorar diferentes posturas corporais, como sentar-se em diferentes inclinações, deitar-se em diferentes posições, ficar ereto apoiado na planta dos pés com e sem ajuda etc., descrevendo sempre a situação vivenciada para compreensão do aluno cego e com BV.- Deslocar-se no espaço por meio da possibilidade constante de arrastar-se, engatinhar, rolar, andar, correr, saltar etc., oportunizando meios para participação dos alunos com deficiência.- Correr, subir, descer, escorregar, pendurar-se, movimentar-se, dançar etc., para ampliar gradualmente o conhecimento e controle sobre o corpo e o movimento, considerando os alunos com deficiência visual e alteração motora.- Aperfeiçoar os gestos relacionados com a preensão, o encaixe, o traçado no desenho, o lançamento etc., por meio da experimentação e utilização de suas habilidades manuais em diversas situações cotidianas, oportunizando meios para participação dos alunos com alterações motoras e deficiência visual. - Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo.- Deslocar-se com destreza progressiva no espaço ao andar, correr, pular etc., desenvolvendo atitude de confiança nas próprias capacidades motoras.- Reconhecer progressivamente os segmentos e elementos do próprio corpo por meio da exploração, das brincadeiras, do uso do espelho e da interação com os outros.- Expressar sensações e ritmos corporais por meio de gestos,posturas e da linguagem oral.- Explorar diferentes posturas corporais, como sentar-se em diferentes inclinações, deitar-se em diferentes posições, ficar ereto apoiado na planta dos pés com e sem ajuda etc., descrevendo sempre a situação vivenciada para compreensão do aluno cego e com BV.- Deslocar-se no espaço por meio da possibilidade constante de arrastar-se, engatinhar, rolar, andar, correr, saltar etc., oportunizando meios para participação dos alunos com deficiência.- Correr, subir, descer, escorregar, pendurar-se, movimentar-se, dançar etc., para ampliar gradualmente o conhecimento e controle sobre o corpo e o movimento, considerando os alunos com deficiência visual e alteração motora.- Aperfeiçoar os gestos relacionados com a preensão, o encaixe, o traçado no desenho, o lançamento etc., por meio da experimentação e utilização de suas habilidades manuais em diversas situações cotidianas, oportunizando meios para participação dos alunos com alterações motoras e deficiência visual.- Perceber as estruturas rítmicas para expressar-se corporalmente por meio de brincadeiras e de outros movimentos que sejam pertinentes a uma determinada situação. 7. - Manipular e explorar objetos e brinquedos em situações organizadas de forma a existirem quantidades individuais suficientes para que cada criança possa descobrir as características e propriedades principais e suas possibilidades associativas: empilhar, rolar, transvasar, encaixar etc.- Utilizar de quantificadores básicos (muito, tudo, pouco, nada etc.).- Utilizar de noções simples de cálculo mental como ferramenta para resolver problemas.- Comunicar quantidades utilizando oralidade e símbolos não convencionais.- Identificar números em diferentes contextos.- Explorar diferentes procedimentos para comparar grandezas.

Eixo 2- A construção do conhecimento mediante interações estabelecidas com a cultura, a natureza e a sociedade



Eixo 2- - A construção do conhecimento mediante interações estabelecidas com a cultura, a natureza e a sociedade; ou seja, com o mundo físico e social.

CAPACIDADES 1. Participar ativamente na resolução de problemas. 2. Utilizar, com ajuda do professor,diferentes fontes para buscar informações. 3. Interessar-se por conhecer diferentes formas de expressão cultural. 4. Compreender, com ajuda dos adultos, de fotos, relatos e outros registros, as mudanças ocorridas nas paisagen sao longo do tempo. 5. Valorizar atitudes de manutenção e preservação dos espaços coletivos e do meio ambiente. 6. Estabelecer algumas relações entre diferentes espécies de seres vivos, suas características e suas necessidades vitais.

HABILIDADES 1.- Formular perguntas.- Estabelecer relações simples na comparação de dados.- Confrontar suas ideias com as de outras crianças e adultos.- Formular coletiva e individualmente conclusões e explicações sobre o tema em questão. 2. - Utilizar a observação direta e com uso de instrumentos, como binóculos, lupas, microscópios etc. para a obtenção de dados e informações.- Identificar locais que guardam informações, como bibliotecas, museus etc.- Ler e interpretar registros, como desenhos, fotografias, maquetes, documentários, relatos de pessoas, livros, mapas. 3. - Registar informações, utilizando diferentes formas: desenhos, textos orais ditados ao professor, comunicação oral, registrada em gravador etc.- Reconhecer e valorizar brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outras.- Reconhecer e valorizar modos de ser, viver e trabalhar de alguns grupos sociais do presente e do passado.- Identificar e valorizar alguns papéis sociais existentes em seus grupos de convívio, dentro e fora da instituição.- Valorizar e preservar o patrimônio cultural do seu grupo social.- Participar de atividades que envolvam processos de confecção de objetos.- Reconhecer algumas características de objetos produzidos em diferentes épocas e por diferentes grupos sociais. 4. - Identificar a paisagem local (rios, vegetação, construções, florestas, campos, dunas, açudes, mar, montanhas etc.). 6. - Conhecer e apropriar-se dos cuidados básicos de pequenos animais e vegetais por meio da sua criação e cultivo.- Conhecer algumas espécies da fauna e da flora brasileira e mundial.- Perceber os cuidados necessários à preservação da vida e do ambiente. In: Proposições Curriculares para a EI da PBH.

Capacidades e Habilidades no Eixo 1- Construção de atitudes e valores 0 a 3 anos.

CAPACIDADES/HABILIDADES – 1º CICLO – CRIANÇA DE 0 A 3 ANOS EIXO 1 – Construção de atitudes e valores CAPACIDADES 1. Construir uma imagem positiva de si, ampliando a autoconfiança, identificando cada vez mais limitações e possibilidades e agindo de acordo com elas. 2. Identificar e enfrentar situações de conflitos, utilizando recursos pessoais, respeitando as outras crianças e adultos e exigindo reciprocidade. 3. Valorizar ações de cooperação e solidariedade, desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração e compartilhando vivências. 4. Adotar hábitos de autocuidado, valorizando atitudes relacionadas à higiene, alimentação, conforto, segurança, proteção do corpo e cuidado com a aparência. 5. Identificar e compreender a pertinência aos diversos grupos dos quais participa, respeitando regras básicas de convívio social e diversidade que os compõem. 6. Comunicar e expressar desejos, desagrados, necessidades, preferências e vontades em brincadeiras e atividades cotidianas. HABILIDADES 1. - Identificar algumas singularidades próprias e das pessoas com as quais convive no cotidiano em situações de interação. - Realizar pequenas ações cotidianas ao seu alcance para adquirir independência. - Conhecer a si mesma, suas habilidades e limitações. 2. - Selecionar as preferências, respeitando as preferências dos outros.- Interagir com o meio em situações cotidianas de forma consciente.- Relacionar-se com as pessoas e com o meio onde estão inseridas.- Valorizar suas conquistas e as dos outros, identificando e respeitando as limitações de ambos. 3. - Ter iniciativa para pedir ajuda nas situações em que isso se fizer necessário.- Interessar-se por situações que envolvam a relação com o outro.Ajudar os outros na realização de atividades. 4. - Reconhecer o próprio corpo e as diferentes sensações e ritmos que produz.- Identificar diferentes objetos utilizados na higiene.- Realizar a higiene das mãos com ajuda.- Expressar e manifestar desconforto relativo à presença de urina e fezes nas fraldas.- Interessar-se por desprender-se das fraldas e utilizar o vaso sanitário, sem auxílio.- Experimentar novos alimentos e comer sem ajuda.- Identificar situações de risco no ambiente mais próximo.- Ter cuidado com o corpo, com a prevenção de acidentes, e com a saúde de forma geral.- Valorizar atitudes relacionadas à saúde e ao bem-estar individual e coletivo. 5. - Respeitar as regras simples de convívio social.- Ser cooperativo com o grupo de convivência.- Posicionar-se nos processos de tomada de decisões.- Desenvolver valores sociais e culturais, valorizando o próprio contexto social.- Perceber-se como membro de uma coletividade.- Identificar pessoas da organização do ambiente escolar.- Saber diferenciar os diversos grupos sociais dos quais participa.- Identificar papéis sociais, existentes em seu grupo de convívio.- Conhecer as regras elementares do convívio social.- Respeitar a presença do outro em seu meio social.- Participar de atividades em grupo.- Conviver com os demais.- Elaborar e respeitar regras e combinados do grupo.- Perceber o sentido das regras.- Executar pequenas ordens.- Compartilhar o espaço.- Dividir materiais e brinquedos.- Controlar seu comportamento.- Cuidar de si. 6. - Expressar suas opiniões sem receio de errar.

As sete linguagens da Educação Infantil

Esta Proposição Curricular estabelece para o trabalho na Educação Infantil sete linguagens, que representam aqui as múltiplas linguagens que as crianças utilizam articuladamente: Artes plásticas visuais, Linguagem corporal, Linguagem digital, Linguagem escrita, Linguagem musical, Linguagem matemática, Linguagem oral. É imprescindível ressaltar que não há hierarquia entre as linguagens, todas são igualmente importantes na Educação Infantil. À instituição educativa cabe organizar o espaço, o tempo e as rotinas que garantam às crianças vivenciar diversas atividades que levem a experimentar situações de diferentes linguagens, por meio das interações com o outro, adulto ou criança, com o meio e consigo mesma. E, ainda, “preservando momentos de aprendizagens individuais e coletivas, de socialização de decisões, de descobertas, de discussão de opiniões divergentes e enfrentamento de conflitos, assumindo-se, portanto, como um espaço de construção de identidades de sujeitos-aprendizes” (PROENÇA, 2003). Assim, as instituições de Educação Infantil devem propor às crianças experiências centradas nesses eixos e linguagens que possibilitarão o desenvolvimento de algumas capacidades que serão apresentadas logo a seguir. Lembramos que as capacidades apontadas para serem desenvolvidas por meio das linguagens estão abertas ao enriquecimento, à investigação, à pesquisa, ao estudo, à complementação, ao aprofundamento, processos que devem orientar toda a prática pedagógica dos profissionais envolvidos na Educação Infantil. In Proposições Curriculares para a EI.

sábado, 13 de abril de 2013

Mais uma dica do blog Dika kids

Esse texto de Rosely Sayão, nos faz refletir sobre a nossa postura como adultos frente ao comportamento das crianças. vale a pena ler e...refletir claro! Jaque. Compaixão pelas crianças “Muitas crianças sofrem quando se descontrolam, quando fazem o que não poderiam nem deveriam fazer, quando expressam explosivamente seus caprichos, quando se debatem com uma tarefa difícil que precisam cumprir e se perdem no abismo do “eu não vou conseguir, eu não sou capaz”, quando transgridem um princípio conhecido e sabem que a consequência de seu ato prejudica alguém. O sofrimento delas fica estampado com tanta clareza que é difícil um adulto não perceber o que ocorre nesse momento.Mesmo assim, a reação de muitos deles tem sido insensível. Já faz um tempo que adotamos a postura de reclamar de comportamentos das crianças, de nos sentirmos vítimas de suas atitudes, de nos fazermos impotentes frente a elas. “Eu não aguento mais esse menino!”, “Eu já fiz de tudo para ensinar a ela que não pode fazer isso”, “Ela não tem jeito”, “Essa criança precisa de um castigo muito sério” são frases que ouço pais e professores dizerem com frequência. Pois elas expressam a falta de compaixão e de empatia dos adultos para com as crianças, o que talvez seja uma marca importante de nosso tempo. É preciso buscar novos caminhos para reagir às crianças que experimentam as situações acima, já que, mais do que acusações e reclamações, elas precisam é de nossa ajuda, de nossa intervenção educativa. Em primeiro lugar, é bom lembrar que, como nos ensinou Françoise Dolto -psicanalista que se dedicou a compreender a infância e a adolescência-, quando uma criança reage com violência a uma pessoa ou a uma situação, é porque ela tem lá suas razões, mesmo que não seja possível perceber os motivos que a levaram a se comportar dessa forma. Isso não significa, é claro, que pais e professores não tenham que fazer com que ela arque com as consequências de seus atos e que não a levem a reparar o que fez. Mas ter essa compreensão é fundamental para que seja possível manter a calma e o equilíbrio a fim de não se relacionar com a criança de modo simétrico e, desse modo, perder o lugar de educador. Reclamar de, acusar, julgar e condenar são atos que, em geral, praticamos com quem ocupa posição simétrica à nossa. Fazer isso com crianças mostra que, diante delas, deixamos vago o lugar de adultos. É possível ensinar às crianças o respeito às normas importantes para a convivência sem que isso signifique formar um batalhão de obedientes. Igualmente, podemos ensinar a elas que podem e devem sentir orgulho de si mesmas por conseguir ter controle sobre seus atos. As crianças sofrem quando não conseguem dominar seus impulsos violentos e de momento. Para que tenham êxito no árduo aprendizado do autocontrole, precisam de nós, adultos, agindo como tal. Elas também sofrem quando se afogam no mar da insegurança que as impede de se esforçarem para aprender. Também nesse momento precisam de nosso apoio e encorajamento. As crianças precisam contar conosco para transformar em ato seu potencial.” Rosely Sayão – 08 de abril de 2010.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Uma escola bem legal como a nossa: a Escola da Vila

Por Alessandra Guarrera Zanetti e Camila de França Santos (Professoras de G2 e G3) A capacidade de brincar e de se movimentar com qualidade na Educação Infantil se desenvolve na medida em que acreditamos que o papel do professor e da escola é proporcionar às crianças pequenas o contato com determinados conteúdos da cultura lúdica e corporal. A Escola da Vila garante diariamente na rotina das crianças propostas que envolvam corpo e movimento, considerando sua importância para o desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social de nossos pequenos. Além disso, a escola é o lugar que garante tempo, espaço e pessoas para a vivência dessas propostas, uma vez que, para muitas delas, são poucos os momentos fora do espaço escolar destinados às brincadeiras e experiências motoras. As propostas realizadas nas turmas de Educação Infantil durante a semana vão desde massagens, relaxamentos, alongamentos, brincadeiras cantadas, jogos de regras e resolução de problemas motores nos circuitos, até a exploração de materiais como bolas, cones, tecidos, caixas, bambolês, nas oficinas de percurso lúdico motor. Também não poderíamos deixar de contemplar as “tão queridas” brincadeiras tradicionais, como, por exemplo, barra-manteiga, coelhinho sai da toca, mamãe polenta, pega-pega, corre cotia, que fazem parte do patrimônio cultural. Ao brincar, a criança explora o espaço físico que a rodeia, desenvolve o raciocínio, memória, imaginação, linguagem, liderança, consciência corporal, criatividade, cooperação, interação com um grande número de crianças, além de lidar com diversas emoções, como medo, frustração, alegria e ansiedade. Nosso repertório também inclui as brincadeiras cooperativas, tão importantes para a constituição do grupo, em que todos atuam unidos, com um objetivo comum, como, por exemplo, não deixar a bola cair de um tecido grande, onde cada criança segura uma ponta e, todas juntas, precisam fazer a bola pular. Muitas brincadeiras acontecem espontaneamente, segundo escolhas das crianças, que usam representações simbólicas, trazem conhecimentos prévios e vivências para o brincar, como nas oficinas de materiais, nas brincadeiras livres de parque, nos jogos de faz de conta, por exemplo. Mesmo em situações como estas, em que respeitamos a autonomia, as construções próprias das crianças, o professor sempre intervém, construindo um ambiente lúdico e cultural. Para isso, disponibiliza tempo, espaço e materiais específicos, dando dicas de possibilidades de uso que garantam, inclusive, a segurança delas. Brincar é algo fundamental para o desenvolvimento da criança. É por meio de jogos e de situações de faz de conta que ela compreende as regras sociais, desenvolve habilidades físicas, aprende a lidar com os próprios sentimentos e se prepara para os desafios da vida adulta. Viu só, não é igual a nossa???!!!