Educar significa propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos produzidos pela cultura. Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidades. Nesse sentido, o ambiente e a rotina de trabalho são organizados para atender às necessidades das crianças, bem como favorecer a socialização, a cooperação e o desenvolvimento autônomo de habilidades.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Conversas sobre o período de adaptação dos pequetuxos
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Falando um pouco sobre as Proposições Curriculares da educação infantil na PBH
O desenvolvimento das Proposições Curriculares não pode desconsiderar as características do/a estudante (sua idade e seus conhecimentos, suas possibilidades de compreensão e elaboração, o meio econômico, social e cultural onde vive), as características de sua família e da instituição educativa, pois essas são determinantes fundamentais das formas de pensamento do estudante ou são a base da construção das capacidades almejadas. Assim, as experiências escolares de ensino e aprendizagem dos bebês e crianças pequenas, das professoras e das educadoras estão comprometidas com a diversidade, com ações diversificadas que considerem as diferenças de ritmos e formas de aprender, o que colabora para a criação de oportunidades mais igualitárias para todos.
Tendo em vista que alguns conceitos que articulam estas proposições curriculares podem ter diferentes acepções, faz-se necessário que a professora, a educadora e as coordenações pedagógicas tenham clareza do significado aqui utilizado para: intenções educativas, capacidades/habilidades, conhecimentos disciplinares/conhecimentos das diversas linguagens, experiências escolares.
Estas Proposições orientam-se pelas intenções educativas para a Educação Básica, apresentadas nos Cadernos da Escola Plural:
-A construção da autonomia do/a estudante.
- A construção de conhecimentos que favoreçam a participação na vida social e interação ativa e crítica com o meio físico e social.
- O tratamento da informação e expressão por meio das múltiplas linguagens e tecnologias.

Para efetivar essas intenções educativas, as proposições curriculares organizam-se em capacidades/habilidades que orientarão a seleção e organização dos conhecimentos, as experiências escolares para seu desenvolvimento e a avaliação, levando em consideração as condições dos bebês e das crianças pequenas.
O termo capacidade/habilidade está sendo aqui empregado como um norte, uma meta geral de formação que os profissionais tomam como referência para a organização e o desenvolvimento das propostas de ensino. Neste documento, como nos cadernos do CEALE (2005) - os quais tomamos, como referência para os processos de alfabetização e letramento no 1º e 2º Ciclos -, a opção pelo termo capacidades/habilidades justifica-se pelo fato de ele ser amplo, dando conta de denominar:
- os atos motores: segurar um lápis para escrever, o pincel ou a esponja para pintar, mover o mouse para deslocar o cursor, chutar uma bola, correr, pular corda etc.
- as atitude que favorecem a autonomia: organizar-se e organizar seus pertences; desenvolver interesse em aprender e expor seus conhecimentos; emitir opiniões com clareza e segurança; trabalhar coletivamente; responsabilizar-se pelo cumprimento de horários, com a realização e apresentação de atividades propostas; ter compromisso com sua autoavaliação etc.
- os valores: conhecer a si mesmo; conhecer o outro; criar condições para uma convivência fraterna; cumprir regras e combinados; ser solidário e tolerante; valorizar a vida; cuidar do próprio corpo; saber colocar-se no lugar de outro; respeitar as opiniões e ações das minorias; interessar-se em conhecer e compreender os demais povos, raças, ideologias, religiões etc.; respeitar o próximo, os animais, o meio ambiente; mediar conflitos, partilhar, valorizar a liberdade de expressão, valorizar a vida cultural etc.
Capacidades/habilidades expressam os conhecimentos escolares – conhecimentos disciplinares/conhecimentos das diversas linguagens, atitudes e valores - que se deseja sejam desenvolvidos com os bebês e crianças pequenas, a partir de experiências escolares que favoreçam aprendizagens e levem à incrementação, reelaboração, afirmação dos conhecimentos que eles constroem nas interações no seu mundo social, bem como ampliação de suas possibilidades de elaborar novos conhecimentos. Nessa medida, os conhecimentos disciplinares/conhecimentos das diversas linguagens e as experiências escolares utilizadas para seu desenvolvimento assumem papel importante na articulação das capacidades/habilidades-conhecimento que orienta estas Proposições Curriculares.
Marcadores:
Proposições Curriculares para a educ Inf da PBH
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Antes que eles cresçam... parece que foi ontem seu nascimento!
ANTES QUE ELES CRESÇAM
Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos. É que as crianças crescem. Independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados, elas crescem sem pedir licença. Crescem como a inflação, independente do governo e da vontade popular, entre os estupros dos preços, os disparos dos discursos e o assalto das estações. Crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas, não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem, de repente. Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade, que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde é que andou crescendo aquela danadinha, que você não percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços, amiguinhos e o primeiro uniforme do maternal?
A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica, desobediência civil. E você agora está ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Ali estão muitos pais ao volante, esperando que saiam esfuziantes sobre patins, cabelos soltos. Entre hamburgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda, nos ombros nus, ou então com a blusa amarrada na cintura. Está quente, achamos que vão estragar a blusa, mas não tem jeito, é o emblema da geração. Pois ali estamos, com os cabelos já embranquecidos. Esses são os filhos que conseguimos gerar apesar dos golpes dos ventos, das colheitas das notícias e da ditadura das horas. E eles crescem meio amestrados, observando nossos muitos erros.
Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos. Não mais os colheremos nas portas das discotecas e festas, quando surgirem entre gírias e canções. Passou o tempo do balé, do inglês, da natação, do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante das próprias vidas.
Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvirmos sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância e da adolescência, cobertos naquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores. Não, não os levamos suficientes vezes ao maldito Play Center, ao Shopping, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo nosso afeto. No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, disputa pela janela, pedido de chicletes e sanduíches, cantorias infantis. Depois chegou a idade em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível largar a turma e os primeiros namorados.
Os pais ficaram então exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas não de repente, morriam de saudades daquelas pestes. O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável afeição. Os netos são a última oportunidade de reeditar nosso afeto.
©Copyright Texto de Affonso Romano de Sant'Anna. Esse texto chegou a mim por e-mail sem os créditos do autor. Apenas mais tarde recebi uma mensagem informando sobre o autor.
ZAMORIM :: Textos :: http://zamorim.com/textos/antesqueelescrescam.html
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Como contornar a resistência da criança no primeiro dia de aula
Como contornar a resistência da criança no primeiro dia de aula
Clique para ver a reportagem na íntegra no Blog da Constance Zahn Babies and kids.
Assinar:
Comentários (Atom)
